enquanto finjo ser normal, olho em volta. entorno. um shopping é o habitat natural dos fúteis. local de encontro de todos os tipos de pessoas. hippies(?), punks(!), góticos, emos, mamães, vovôs, casados, solteiros, crianças, adolescentes. sim. todos de boutique. e fúteis. as pessoas comem "chinese food" no "Mr" Yang. de palitinho. com coca-light. c'est très bizarre.
enquanto finjo gostar, aguardo. essa espera... incansável, interminável, intrigante. se eu estou no shopping sou fútil? o que teria eu de tão especial para não ser? em minhas mãos, manifestos e lapiseira. futuristas, cubistas, expressionistas e grafite 0,7mm. não. comprei-os ao acaso. todos úteis. cadê a moça de vestido petipoá (que não é a mesma coisa em francês) e sandálias irritantes? elle s'est cachée.
enquanto finjo chorar, penso. suspiros. amor, ódio, melancolia. esse tédio. o shopping é um lugar vazio de sentimentos. paredes frias. será que alguém percebe a angústia de não existir? essa indiferença necessária. cinema, bar, cerveja, táxi, beijos. sim. todos de verdade. e necessários. em que ponto eu entreguei meu coração? de papel. desbotado. la vie en rose.
4 Comments:
guria! pior é que é!
me passei na jogada. depois eu corrijo. prometo.
:P
mn
se estou no shopping sou fútil ? eis a questão.
blog legal, vou colocar nos meus favoritos. Pode né?
=D
beijos
People should read this.
"em que ponto entreguei meu coração ?"...uma poderosa indagação, realmente.
parece que este mundo em si tem muitos truques na manga, muitas maneiras de cobrar este preço injusto.
mas é estranho, não ? como o numero de pessoas indiferentes faz sonhadores pensarem se há mesmo alguém, ali no meio daquele oceano de máscaras insensiveis, que tem algo tocante em si. ao menos, é uma pergunta constante em meus devaneios.
(ps. peço desculpas se incomodo por comentar aqui sem seu convite.)
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