reflexões de quem tá de saco cheio

Hoje minha mãe chegou chateada em casa porque havia marcado com a manicure e esta, por não ter entendido o seu nome ao telefone, marcara com a outra manicure que recém entrara no salão... Como uma pessoa que não tem de onde tirar dinheiro fica escolhendo dessa forma as suas clientes? Minha mãe marcara com a Patrícia e foi atendida pela Mari, já que aquela não atende gente que ela não conhece... Que falta de profissionalismo! Isso me fez pensar que a cada dia as pessoas me decepcionam mais... e com mínimos detalhes. Sim, sou exigente, e muito. Não respeito pessoas que considero infantis de alguma forma.
Espanto-me sempre com esses pensamentos. Acho-me cruel muitas vezes.

Ultimamente, usar o banheiro no meu ambiente de trabalho causa-me náuseas. Não querendo falar mal, mas sou obrigada a dizer que isso começou com a admissão de novas estagiárias. Simplesmente o banheiro está um nojo! Enfim, muita gente para poucos banheiros. E não adianta, lugar onde tem muita gente é assim, só tem sujeira. Vide meu comentário sobre o meu domingo na cascata. Inveja dos homens que podem urinar em pé...

Essa semana estou lendo bastante. Livros fazem meu tempo passar de forma agradável, às vezes é complicado ouvir certas coisas... “O Cavaleiro Inexistente”, de Ítalo Calvino, fez-me pensar no quanto estamos vivos e não sabemos o que fazer com isso. Parece que ninguém vive como realmente quer viver. Será que todos vivem como se deve viver? O que mais me intriga é pensar no que eu estou fazendo com a minha vida, ou pior, não fazendo!!!! Aaaaahhhhhhhh... CRISE EXISTENCIAL? Não, não... só um medinho, parece que estou envelhecendo muito rápido... Já parou pra pensar que as pessoas que estão entrando na faculdade esse ano nasceram em 1987?!?

A Gabi e a Lú me convidaram para o Planeta Atlântida; meus colegas falam do BIG BROTHER BRASIL ou da novela; meus pais querem que eu assista à Casa das Sete Mulheres, que eles têm em DVD... já na primeira cena aparece escrito: PELOTAS e as imagens são do Itaimbezinho... pois é... “A televisão me deixou burro, muito burro demais (...)”
Acho que estou meio estressada... preciso de férias.

“ (...) Talvez não possa chamá-lo de doido: é só alguém que existe mas não tem consciência disso.
-- Boa esta! Aqui temos um súdito que existe mas não tem consciência disso e aquele meu paladino que tem consciência de existir mas de fato não existe. Fazem uma bela dupla, é o que lhes digo!” (CALVINO, Ítalo. O Cavaleiro Inexistente.)