samedi, septembre 23, 2006

quero ter asas de borboleta


pareço recuperar as minhas forças aos poucos. tomar bastante líquido e dormir é um tratamento um tanto primitivo, mas necessário. esta última semana ensinou-me a refletir sobre o que eu não quero para a minha vida e no que ela está se transformando. incrível como as gripes obrigam-nos a fazer este tipo de retrospectiva, antes do tempo, é verdade, mas é válida também.
sinto-me como as princesinhas das histórias infantis, enclausuradas no castelo, esperando o príncipe encantado. tristes e solitárias. apenas os sonhos, os suspiros, o tempo passando e a eterna espera...
não sou loura de cabelos compridos, não sou alta ou esguia, não tenho vocação pra donzela e, o mais importante, meus pais não são reis. mas sou uma princesa do meu tempo: acordo com os pássaros cantando; tenho meu castelo de ilusões com a escada de sonhos de algodão doce, janelas de arco-íris e telhados de maçã do amor; meus sonhos são cheios de detalhes coloridos.
meu príncipe não é um homem convencional. ele não vem montado num cavalo branco, mas caminhando pela estrada de sorrisos; não dança valsa comigo, mas me abraça pela cintura e sussurra poesias no meu ouvido; o seu beijo é um sonho do qual eu nunca mais quero acordar...
a minha espera também é pela felicidade, mas é uma espera móvel. eu não fico dentro do castelo, mas ele está dentro de mim. eu não guardo os meus sonhos em casa, levo-os aonde vou. meu príncipe não está ao meu lado, mas no meu coração. e ele me encontrará em breve.
mas hoje... hoje estou aqui no quarto-castelo, com meu dragão-computador, meus sonhos-livros, minha espera-literária, meus suspiros-remédios.
a realidade é uma tosse de cachorro. incomoda e assusta.

2 Comments:

Anonymous Anonyme said...

melhorou muito! ass: o mesmo anônimo.

11:43 p.m.  
Blogger P. Hepburn® said...

ô queridinha!
Não atualiza mais o teu blógui???

hein? hein?

=P

Bju

12:37 a.m.  

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